Mídias, novas possibilidades de criação e educação
Provocadores:
Lucia Santaella-PUC-SP
Autora, com aproximadamente 40 livros publicados, é pesquisadora e professora titular da PUC-SP com doutoramento em Teoria Literária na PUC-SP e livre-docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP.
Em seu livro "Cultura das mídias" (São Paulo: Experimento, 1992.), relata que a invenção do controle remoto, do vídeo cassete, entre outras ocorridas no final da década de 80, iriam provocar nos meios de comunicação uma transformação comparada com o que a imprensa de Gutemberg fez com os livros e também sobre o impacto dessas novas mídias na cultura.
"Nos anos 90 a internet começa a ser comercializada gerando outra grande transformação na maneira de produzir cultura."
"Precisamos compreender porque os celulares são tão imprescindíveis para os jovens e crianças e não são para nós? A nossa inteligência está crescendo com efeitos tanto para o bem como para o mal da humanidade (vide que até bebês tem familiaridade com objetos eletrônicos). Essa dualidade já era profanada por Marx e Freud". Portanto esse é um movimento natural da humanidade e não do advento da tecnologia...
"Um outro ponto importante e já sabido por nós é que o educador não é mais imprescindível e o aluno deve ser olhado como parceiro. Acabou a era da autoridade do conhecimento total, pois ninguém pode competir com o Google". Isso dá o que pensar...
Ela classifica o desenvolvimento dos meios de comunicação em eras culturais demonstrando assim o impacto deles sobre a sociedade. Confira: Eras Culturais
"O computador é uma metamidia porque absorve todas as outras mídias (impressa e audiovisual)"
"Pequenos gadgets (dispositivos, aparelhos) que começaram a aparecer e que nos preparam para a era do computador interferem na educação."
Terminando sua explanação: “Em uma época anterior havia mundos paralelos, você saía do mundo de Gutemberg (a escola ) e ia para casa ligar a televisão, rádio, videocassete... Hoje é impossível, o computador está conosco o tempo todo! É um abalo sísmico! O que fazer? Não existem receitas. Temos que repensar a realidade que a gente vive a cada amanhecer”.
Rosália Duarte- PUC-RIO – foi a mediadora.
Cezar Migliorin –UFF
Pesquisador, professor e ensaísta. Membro do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF e Chefe do Departamento de Cinema e Vídeo. Coordenador do Laboratório Kumã de pesquisa e experimentação em imagem e de projeto de cinema e educação com a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu. Co-coordenador do Seminário Temático da Socine: Cinema, estética e política: a resistência e os atos de criação. Organizador do livro Ensaios no Real: o documentário brasileiro hoje. (Ed.Azougue, 2010) e doutor em Comunicação e Cinema (Eco-UFRJ/Sorbonne Nouvelle, Paris)
“Temos igualdade de inteligências e é a partir do cinema, em que não existe o pressuposto de acertar, que isso é exercitado. É o principio democrático, o principio de deixar o aluno em paz; o principio de deixar a igualdade de inteligências transparecer (tanto a do professor como a do aluno)”
Seria esse o princípio do fazer cinema na escola, onde ninguém é o especialista e todos aprendem junto. É portanto um princípio democrático possível principalmente no mundo das artes, daí a importância desse espaço na escola que propicia o protagonismo do aluno.
Seu pensamento é muito centrado em Jacques Rancière, autor do livro " O mestre ignorante", disponível na Sala de leitura .
Cezar é um dos idealizadores e coordenador geral do projeto “Inventar com a diferença”: http://www.inventarcomadiferenca.org/
“O projeto visa oferecer formação e acompanhamento a educadores de escolas públicas de todo o país para trabalho com vídeo em torno da temática do cinema e dos Direitos Humanos em suas escolas durante o primeiro semestre de 2014”.
No site encontramos um material de apoio totalmente disponibilizado para qualquer tipo de uso em qualquer escola ou por qualquer pessoa. Na parte dos vídeos tem a discussão de 10 profissionais sobre os planos de 10 filmes nacionais.
Finalizando: “A criança tem o direito à invenção e a trabalhar com as diferenças partindo do princípio da igualdade” (para falar do homofobismo não se deve primeiro classificá-lo, isso só intensifica a prática).
Provocadores:
Lucia Santaella-PUC-SP
Autora, com aproximadamente 40 livros publicados, é pesquisadora e professora titular da PUC-SP com doutoramento em Teoria Literária na PUC-SP e livre-docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP.
Em seu livro "Cultura das mídias" (São Paulo: Experimento, 1992.), relata que a invenção do controle remoto, do vídeo cassete, entre outras ocorridas no final da década de 80, iriam provocar nos meios de comunicação uma transformação comparada com o que a imprensa de Gutemberg fez com os livros e também sobre o impacto dessas novas mídias na cultura.
"Nos anos 90 a internet começa a ser comercializada gerando outra grande transformação na maneira de produzir cultura."
"Precisamos compreender porque os celulares são tão imprescindíveis para os jovens e crianças e não são para nós? A nossa inteligência está crescendo com efeitos tanto para o bem como para o mal da humanidade (vide que até bebês tem familiaridade com objetos eletrônicos). Essa dualidade já era profanada por Marx e Freud". Portanto esse é um movimento natural da humanidade e não do advento da tecnologia...
"Um outro ponto importante e já sabido por nós é que o educador não é mais imprescindível e o aluno deve ser olhado como parceiro. Acabou a era da autoridade do conhecimento total, pois ninguém pode competir com o Google". Isso dá o que pensar...
Ela classifica o desenvolvimento dos meios de comunicação em eras culturais demonstrando assim o impacto deles sobre a sociedade. Confira: Eras Culturais
"O computador é uma metamidia porque absorve todas as outras mídias (impressa e audiovisual)"
"Pequenos gadgets (dispositivos, aparelhos) que começaram a aparecer e que nos preparam para a era do computador interferem na educação."
Terminando sua explanação: “Em uma época anterior havia mundos paralelos, você saía do mundo de Gutemberg (a escola ) e ia para casa ligar a televisão, rádio, videocassete... Hoje é impossível, o computador está conosco o tempo todo! É um abalo sísmico! O que fazer? Não existem receitas. Temos que repensar a realidade que a gente vive a cada amanhecer”.
Rosália Duarte- PUC-RIO – foi a mediadora.
Cezar Migliorin –UFF
Pesquisador, professor e ensaísta. Membro do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF e Chefe do Departamento de Cinema e Vídeo. Coordenador do Laboratório Kumã de pesquisa e experimentação em imagem e de projeto de cinema e educação com a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu. Co-coordenador do Seminário Temático da Socine: Cinema, estética e política: a resistência e os atos de criação. Organizador do livro Ensaios no Real: o documentário brasileiro hoje. (Ed.Azougue, 2010) e doutor em Comunicação e Cinema (Eco-UFRJ/Sorbonne Nouvelle, Paris)
“Temos igualdade de inteligências e é a partir do cinema, em que não existe o pressuposto de acertar, que isso é exercitado. É o principio democrático, o principio de deixar o aluno em paz; o principio de deixar a igualdade de inteligências transparecer (tanto a do professor como a do aluno)”
Seria esse o princípio do fazer cinema na escola, onde ninguém é o especialista e todos aprendem junto. É portanto um princípio democrático possível principalmente no mundo das artes, daí a importância desse espaço na escola que propicia o protagonismo do aluno.
Seu pensamento é muito centrado em Jacques Rancière, autor do livro " O mestre ignorante", disponível na Sala de leitura .
Cezar é um dos idealizadores e coordenador geral do projeto “Inventar com a diferença”: http://www.inventarcomadiferenca.org/
“O projeto visa oferecer formação e acompanhamento a educadores de escolas públicas de todo o país para trabalho com vídeo em torno da temática do cinema e dos Direitos Humanos em suas escolas durante o primeiro semestre de 2014”.
No site encontramos um material de apoio totalmente disponibilizado para qualquer tipo de uso em qualquer escola ou por qualquer pessoa. Na parte dos vídeos tem a discussão de 10 profissionais sobre os planos de 10 filmes nacionais.
Finalizando: “A criança tem o direito à invenção e a trabalhar com as diferenças partindo do princípio da igualdade” (para falar do homofobismo não se deve primeiro classificá-lo, isso só intensifica a prática).