A GREVE FOI SUSPENSA!!! Retornamos à nossa rotina de trabalho como professoras de Sala de Leitura com muito prazer. A volta a essa rotina não significa que somos as mesmas ou que estamos na mesma! Muitas foram as nossas conquistas, impossíveis de serem realizadas sem a nossa mobilização. Se ela fosse maior, com certeza, teríamos continuado na luta! Mas... isso fica para depois. No momento, o que queremos, é apenas deixar registrado aqui o balanço favorável do nosso movimento, transcrevendo as palavras do professor Dimas – PI de História – E.M. Cuba:
"CONSIDERAÇÕES SOBRE A GREVE DA EDUCAÇÃO DE 2013.
Amigos, após nossa greve muitos perguntam sobre nossas conquistas. Pensando em atender essas dúvidas e demonstrar a importância de nossa luta, exponho os seguintes pontos:
Antes da greve:
• Reajuste de 6,75%
Depois da Greve:
• Aumento imediato de 15,3%.
• Revogação da Circular E/SUBG/CGG – GRH Nº2 de 10/05/2012 – que acabava com o DIREITO DE ORI...GEM.
• A REESTRUTURAÇÃO das escolas só poderá se efetivar após a concordância da comunidade escolar, que deverá ser consultada e decidir sobre a questão (Resolução 1259).
• Ficou assegurado que os CADERNOS PEDAGÓGICOS serão usados apenas pelos professores que manifestarem sua intenção em usá-los (Resolução 1258)
• Acelerar imediatamente a climatização das escolas (Resolução 1260).
• O VENCIMENTO-BASE de Merendeira, Agente Auxiliar de Creche, Agente Educador II, Inspetor de Alunos, Servente e Copeiro passou para 723,26 Reais. Antes da greve muitos recebiam um vencimento inferior ao de um salário mínimo.
• Criação de um GT (grupo de trabalho) para efetivar a Lei Federal 11.738 de 16/07/2008, que estipulou 1/3 de nossa carga horária para PLANEJAMENTO.
• Criação de um GT para o retorno da grade horária com 6 tempos de 50 minutos.
• A prefeitura foi obrigada a criar um Plano de Carreira (PCCR – Lei Nº 5.498 de2012). O Plano apresentado criou uma série de injustiças e distorções, por isso a greve foi retomada. A questão segue na Justiça, pois questionamos a constitucionalidade de muitos artigos.
• A SME se comprometeu a abonar as “faltas” no período de greve e devolver os valores descontados conforme a reposição das aulas.
• Todos os processos administrativos, inquéritos e sindicâncias contra os servidores que aderiram à greve ficam definitivamente arquivados.
Assim fica evidente que não conseguimos efetivar todas as mudanças que consideramos necessárias, porém muitas conquistas foram obtidas. Ao mesmo tempo verificamos o poder que temos quando nos unimos e mobilizamos. A prefeitura recorreu a diversos expedientes para enfraquecer nosso movimento. O Assédio Moral foi uma regra, sobretudo após as ameaças de corte do ponto e exoneração, o que contrariou diversas decisões judiciais em favor do Direito de Greve. Isso sem falar nas agressões policiais que sofremos e dos ataques proferidos por diversos veículos de mídia (sobretudo das Organizações Globo e Veja). Nossa greve foi noticiada em todo o país e no exterior, e trouxe para o debate político a questão dos investimentos públicos na EDUCAÇÃO. A greve chegou a um impasse, pois a prefeitura se recusava a dialogar com o SEPE, e somente voltou atrás quando foi intimada para uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF). Assim fomos até a última instância possível de legalidade na defesa de nossas ideias. O acordo assinado foi submetido a uma Assembleia da categoria, que decidiu numa votação apertada, pelo retorno às aulas. Essa decisão não significou o fim de nossa luta, mas apenas sua transmutação para outras formas. Entre elas: a batalha judicial em torno da inconstitucionalidade do PCCR, e o boicote à MERITOCRACIA nas escolas. A incrível greve de 2013 terminou, mas a luta segue firme e forte!"



A COMUNIDADE ESCOLAR DA
E.M. GEORG PFISTERER
UNIDA
NOS MOMENTOS
DESSA GREVE HISTÓRICA!!!
